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Flores e um funeral: como surgiu o Dia das Mães

Flores e um funeral: Como surgiu o dia das mães

Seguindo a linha de olhar para as datas além das narrativas comerciais, nos propomos, desta vez, a desvendar o que está por trás do Dia das Mães.

Em poucos cliques, foi possível descobrir como surgiu o Dia das Mães. Encontramos a história original aqui e decidimos recontá-la de forma mais resumida.

Foi a poeta e ativista norte-americana do século 19 Julia Ward quem primeiro lutou para que houvesse um feriado nacional em homenagem às mães. Era uma forma de protesto contra o que ela chamou de assassinatos fúteis cometidos por alguns filhos contra os filhos de outras mães durante a Guerra Civil americana. A data escolhida foi 2 de junho.

No entanto, alguns anos depois apenas um pequeno grupo, liderado por Anna Reeves Jarvis, ainda celebrava a data de uma forma adaptada, chamando de Dia da Amizade Materna.

Ao longo de sua vida, Anna Reeves teve 12 filhos. Mas, devido às péssimas condições higiênicas da época (entre 1800 e 1900), só pôde acompanhar o crescimento de quatro deles. Preocupada com os números da mortalidade infantil, Anna fundou diversos centros, conhecidos nos Estados Unidos como Mother’s Day Work Clubs, a fim de mudar esse cenário. No pós-guerra, esses mesmos centros se transformaram no ponto de encontro para o Dia da Amizade Materna.

Considerada uma mulher de forte caráter e uma das maiores ativistas do período, não seria de se estranhar que Anna Maria Jarvis, sua filha, herdasse características semelhantes. Anna Maria é lembrada como a verdadeira criadora do Dia das Mães.

Sua motivação surgiu a partir da perda de sua mãe, Anna Reeves, e de uma tentativa para amenizar a dor e homenagear os esforços dela em vida: assim, reuniram-se Anna Maria e mais algumas amigas no dia 12 de maio de 1908, prestando homenagens religiosas às suas mães.

O ritual se repetia todo ano, na mesma data, e passou a chamar a atenção do público. Anna lutava para que as pessoas pensassem com mais carinho em suas mães. Sete anos depois, em 1914, o então presidente Woodrow Wilson oficializou o segundo domingo de maio como o Dia das Mães, para alegria de Anna.

Mas como nem tudo são flores…

Na primeira celebração, de 1908, Anna Maria providenciou uma decoração de cravos brancos, as flores favoritas da mãe, que também eram entregues à cada mãe presente.

Anos depois, com a popularização da data e dos cravos brancos como seu símbolo, um jornal do segmento de Floristas publicou um artigo dizendo que esse feriado deveria ser melhor explorado para venda de flores.

Isso irritou Anna Maria que, vendo a data se tornar comercial, passou a lutar para que ela fosse abolida, até o fim dos seus dias, em 1948, quando morreu pobre com um funeral anonimamente pago pela Associação de Floristas.

Como dizíamos: nem tudo são flores… mas nesse caso, eram.

O que essa história toda tem a ver com uma boa narrativa?

A história de Anna e sua mãe nos leva a refletir: qual o sentido daquilo que fazemos? Na história, a essência acabou ficando em segundo plano devido à indústria e comercialização ao redor da data.

É isso o que a massificação das nossas relações faz: despe as coisas de sentido e as embala como um produto a ser vendido. Isso se aplica a diversas áreas de nossas vidas, mas fica evidente no âmbito profissional.

Existe um sentido profundo em sua atividade, naquilo que você desenvolve, que às vezes pode ficar escondido atrás de rótulos, funções, tarefas e números, que dizem muito pouco sobre o verdadeiro significado da sua atividade ou empresa.

Ressignificar o que você faz, dando sentido, é uma das chaves para gerar conexão com as pessoas. Pois quando algo faz sentido, a conexão é imediata, o que pode fazer toda a diferença para você e a sua marca.

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