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O rei gago e o primeiro-ministro com língua presa que entraram para a história como grandes oradores.

Existem pessoas que encontram palavras tão perfeitas para um momento que acabam sendo eternizadas na História, inspirando várias gerações.

Como esquecer dos discursos cheios de paixão de Martin Luther King, que em momentos de grande dificuldade e luta, inspiraram negros norte-americanos a terem um sonho apesar de todas as adversidades?

Ou então as palavras esperançosas e enfáticas de Winston Churchill durante a Segunda Guerra Mundial, inspirando milhares de jovens britânicos a doarem seu sangue, trabalho, lágrimas e suor em nome da nação?

Mas o que fez com que essas palavras se transformassem em um legado dessas personalidades?

Não há como negar que Martin Luther King e Winston Churchill tinham um talento especial, porém o que os consagrou como grandes oradores foi a superação de dificuldades com muita preparação e prática.

 

Winston Churchill: uma dificuldade que se transformou em autenticidade

“Não tenho nada a oferecer senão sangue, trabalho, lágrimas e suor”

A Segunda Guerra Mundial consagrou o primeiro ministro britânico como um dos maiores oradores da história e seus discursos são constantemente relembrados até os dias de hoje.

Mas você sabia que Churchill tinha língua presa? 

Uma característica que na escola ele odiava e tentava freneticamente eliminar com exercícios. Porém, já como primeiro ministro, Churchill percebeu que essa peculiaridade poderia servir a seu favor.

Afinal, dava-o uma marca autêntica na fala, algo que todos poderiam reconhecer ao ouvir sua voz em transmissões de rádio. Assim, ele aprendeu a usar o que pensava ser a sua “fraqueza” a seu favor, passando até a pedir que suas dentaduras fossem confeccionadas de forma a preservar sua língua presa. 

 

Não foi diferente com o rei… 

 

Enquanto Churchill cativava enormes plateias com seus eloquentes discursos, George XI ainda lutava contra a gagueira. 

O filme, O Discurso do Rei, retrata bem as dificuldades enfrentadas por George no período pré-guerra, quando esperavam que ele encoraja-se o povo britânico a lutar contra o inimigo. 

Após muito treinamento e longas horas de consulta com seu fonoaudiólogo, Lionel Logue, George XI aprendeu, assim como Churchill, a usar sua “fraqueza” a seu favor. 

Passou para a história como o Rei corajoso, após o seu célebre discurso anunciando a entrada da Inglaterra na guerra. Onde gaguejou propositalmente, como confessou depois, para que o povo o reconhecesse na transmissão de rádio.

Confira a célebre cena final do filme com esse discurso:

 

Steve Jobs: treinando uma, duas, três…oito horas!

É só com muito treino que se consegue estar com a história na cabeça e passar confiança e segurança para o público. Sabendo disso, Jobs ensaiava cerca de 8 horas antes de cada uma de suas inesquecíveis apresentações. 

Cada pausa, ênfase e repetição nos seus discursos eram cuidadosamente pensadas. 

Só que “mesmo tendo preparado todos os detalhes de suas apresentações, ele demonstrava que estava criando a mensagem no momento” diz o famoso professor de oratória, Reinaldo Polito.

Esse era o segredo de Jobs: ensaiar tanto a ponto de não parecer que era tão ensaiado. 

Confira o resultado nessa célebre apresentação do Ipad:

 

Martin Luther King: o poder de estar aberto a SUGESTÕES.

Martin Luther King, com seus discurso cheios de paixão, cativou enormes plateias  em nome da causa negra nos Estado Unidos. Porém ele não fez tudo sozinho, estava aberto a receber conselhos de seus apoiadores. 

Como aconteceu no caso de seu discurso mais célebre,  “Eu tenho um sonho”. Um dia antes de se pronunciar diante de 250 mil pessoas em um evento que marcaria a luta pelos direitos civis negros, Luther King ainda não sabia o que iria dizer. 

Ao ensaiar o esboço de um texto que havia criado para a ocasião, chamado “Discurso da Normalidade”, não causou empolgação. Até que, Mahalia Jackson, uma cantora gospel presente no ensaio, sugeriu: “Fale de seus sonhos”. Ele gostou da ideia e, assim, nasceu o discurso que o levaria para a história.  

Os desafios dos grandes oradores da história foram muitos e sua criatividade para superá-los também. É inegável que muitos tinham um dom especial que marcaria suas vidas, mas todos, sem exceções, treinaram incansavelmente para chegar a maestria, e continuaram treinando.   

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