Desde que iniciei minha vida de autônomo, resolvi concentrar meus e-mails pessoais e profissionais em uma só conta. Independentemente de você ser um cliente, amigo ou ambos, vai receber um e-mail meu com essa assinatura:
Outro dia, enviando um e-mail para um vendedor de uma loja que eu não conhecia pessoalmente, imaginei-me no lugar dele recebendo o contato de um desconhecido que se autointitula “Mentor de Narrativas”. “Que diabos será isso?” é o que deve ter passado pela cabeça dele.
Por isso, resolvi escrever esse post: para compartilhar a minha visão do que é essa profissão que inventei recentemente.
A ORIGEM
O termo mentor teve origem justamente em uma narrativa clássica, a Odisseia de Homero. No poema épico, o personagem Mentor era um sábio e fiel amigo de Ulisses, rei de Ítaca. Ao partir para a Guerra de Troia, Ulisses deixa o filho, Telêmaco, sob os cuidados de Mentor. No final do século XVII, a palavra foi inserida em dicionários com o significado de “pessoa que guia, ensina ou aconselha outra.”
Quem foi criança nos anos 80, como eu, talvez lembre de outro personagem chamado Mentor, que desenvolvia armas para o He-Man. No mundo empresarial, falar em mentor e no neologismo “mentoria” tem se tornado uma tendência. Só nessa definição de “Mentorship” da Wikipedia, contei mais de 20 modalidades desse tipo de atuação. Especialmente no universo das startups, é comum a figura do mentor que orienta empreendedores sobre seus modelos de negócio.
O fundador do Buscapé, Romero Rodrigues, nesse ótimo artigo, já alerta para o risco de mentor virar clichê antes de seu significado ser bem entendido, algo tão comum no mundo corporativo, que já desgastou termos como consultor e coach.
MINHA VISÃO
Particularmente vejo o mentor na intersecção entre o professor e o executivo. Enquanto o primeiro ensina, o segundo faz. Já o mentor é alguém com experiência em fazer, mas que também tem por vocação ensinar aquilo que conhece. Por isso, ele ensina fazendo, sempre na companhia do mentorado (outro neologismo).
No meu caso, esse mentorado pode tanto ser o profissional que tem a necessidade de construir e contar sua própria narrativa, como empreendedores, palestrantes e consultores, quanto o profissional que constrói narrativas para outros, como redatores, roteiristas e jornalistas.
O fato de eu me intitular mentor não quer dizer que eu atue dessa forma em 100% do tempo que dedico aos projetos. Mas como é um desejo meu ensinar narrativas fazendo JUNTO com as pessoas, vejo que me posicionar dessa forma pode me ajudar a seguir cada vez mais por esse caminho.
Se você quiser entender mais que caminho é esse e tentar percorrê-lo comigo, conheça o método O Mapa da Narrativa, elaborado após 10 anos ajudando pessoas a construir suas histórias. #partiumentoria?
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