Você sabe como e onde surgiu o conceito de storytelling? Que a arte de contar histórias nos acompanha desde a era primitiva todo mundo sabe, mas e a aplicação como a conhecemos hoje: de onde vem?
O que significa storytelling?
Traduzindo em miúdos, storytelling é a junção de duas palavras: “story” e “telling”, que significam coisas diferentes. A primeira é substantivo e significa “história”; a segunda é verbo e significa “contar” ou “narrar”.
Com a história, temos a parte mais abstrata do conteúdo, permeada de subjetividades, afinal, cada pessoa possui sua própria história e conta versões muito diferentes de um mesmo caso. As histórias despertam fascínio porque mexem com a nossa imaginação e, acima de tudo, são alimentadas com as nossas lembranças de determinado assunto ou situação. De modo geral, “story” está ligado à nossa parte criativa.
Com o “telling”, temos as narrativas em si. Ou seja, são as formas pelas quais contamos e registramos o conteúdo. É a parte concreta. Sendo assim, essas narrativas podem estar presentes em livros, vídeos, na internet… isto porque o conceito de “telling” está relacionado à expressão. Nos expressamos contando histórias.
E, embora para muitas pessoas o conceito de storytelling pareça relativamente novo, a verdade é que há muitos anos já havíamos descoberto o poder de transmitir nossas mensagens.
Contar histórias: um ato humano
Já reparou como existe uma história em tudo aquilo que vemos? Cada imagem, cada palavra, cada frase, por mais que não venha recheada de detalhes, nos conta alguma coisa, nos passa uma mensagem. É assim que interagimos e contextualizamos o mundo, transmitindo conhecimento e absorvendo aquilo que foi passado.
A arte de contar e fazer história é algo intrínseco à existência humana. Contar e ouvir histórias nos faz humanos. Pense bem: boas histórias reúnem famílias, amigos, chamam a atenção e ressignificam experiências.
Não é difícil compreender porque esse hábito milenar ganhou espaço como ferramenta estratégica no mundo dos negócios. A publicidade e a comunicação precisavam inovar, precisavam “chocar”: numa era tão tecnológica, aliar elementos que gerassem empatia e conexão a uma sacada de marketing tornou-se essencial.
Storytelling veio para preencher o vazio, para dar aquela encorpada que faltava à comunicação. O termo “contação de histórias” é antigo, mas quando dito em inglês, ou seja, literalmente storytelling, ganha conotações um pouco mais atuais.
Embora excessivamente utilizado, sobretudo no marketing digital, esse poderosíssimo mecanismo – de contar histórias – data de pelo menos 30.000 anos, quando pinturas rupestres revelavam homens sendo perseguidos por touros na França e histórias orais eram contadas de geração para geração na Austrália. As histórias conferem sentido a tudo que um dia já foi vivido. Utilizar storytelling na sua empresa, no seu trabalho, com a sua marca é buscar fazer sentido.
Storytelling é novidade?
No sentido mais óbvio da palavra – narração de histórias – não. Mas quando aplicada ao mundo corporativo, pode ser. Isto porque as empresas estão percebendo que não basta apenas fazer a tríade “Missão, Visão, Valores” se o intuito é tocar o coração das pessoas. Se temos muitas histórias pra contar, por que não aplicá-las no mundo dos negócios?
Embora o hábito de contar histórias permaneça, nossa capacidade de informá-las e distribuí-las mudou bastante. Se antes fazíamos isso ao redor do fogo, desenhando em cavernas, hoje somos imediatistas publicando nas mídias sociais tudo aquilo que nos pareça uma boa história.
O storytelling como ferramenta de comunicação digital começou a ser estudado em 1993, nos Estados Unidos, quando Joe Lambert lançou um projeto intitulado “American Film Institute”, no qual as pessoas eram estimuladas a contar suas histórias de vida numa linguagem voltada para o meio digital. Juntamente com Dana Atchley e Nina Mullen, Joe fundou o Storycenter para estudar as metodologias que fazem uma boa história. Em 1994, o termo “digital storytelling” começou a ganhar mais espaço com a prática sendo apresentada a empresas e instituições.
De Aristóteles aos dias de hoje
O storytelling como o conhecemos hoje baseia-se na famosa “Jornada do Herói”, de Joseph Campbell, apresentada em seu livro “O Herói de Mil Faces”, mas foi com Aristóteles e a “Poética” que surgiram as primeiras teorizações sobre narrativas.
Aqui na Narrative costumamos utilizar um pouco de cada elemento: seja na nossa forma de desenvolver narrativas, seja partilhando histórias ao redor do fogo nos cursos de storytelling. Storytelling, para nós, é um resgate de si, um resgate da essência e da autenticidade.
Quer aprender sobre o tema? Saiba o que um curso de storytelling pode fazer não apenas pelas suas histórias, mas pela sua vida!
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