Em agosto de 2017 realizamos o primeiro curso de storytelling O Mapa da Narrativa, em Florianópolis. Foram 16 participantes em três encontros transformadores. Ano passado, abrimos mais uma turma. Em maio deste ano, foi realizada uma nova edição do curso e pelo menos mais 20 pessoas saíram de lá inspiradas a modificar suas histórias.
De tanto ler por aí, inclusive com gurus do marketing, de que o storytelling é a chave para a venda, para a conquista de clientes e captação de leads, muita gente chega para o curso de storytelling exclusivamente com essa intenção. Durante o curso, quase sempre acabam se surpreendendo.
Desde sempre, contar histórias é parte de nosso dia-a-dia. Nossos ancestrais já se reuniam para partilhar histórias ao redor do fogo. Populações indígenas, por exemplo, ainda mantêm essa tradição milenar. E quando éramos crianças, nossos pais e avós provavelmente dedicaram algum tempo para nos contar alguma história antes de dormir. Somos movidos e estimulados por histórias, desde pequenos. Na escola, geralmente essa motivação também se faz presente.
Então por que esquecemos desse poder e dessa habilidade tão especial em nós com o passar dos anos?
O apelo das marcas
No marketing e na comunicação, há, por vezes, um apelo excessivo cujo objetivo final é vender. E isso tem lá sua eficácia: propagandas apelando para o bordão da escassez “só até amanhã!”, outdoors brilhantes colaborando com a poluição visual, ofertas que “você não pode perder” brincam com nossos sentidos e podem até nos fazer comprar algo que nem sabíamos que queríamos.
Mas, como diz Simon Sinek em seu famoso TED Talk e livro “Start with Why”, essa estratégia é fugaz e não gera aquilo que as empresas mais desejam: lealdade por tempo indeterminado e admiração pela marca. É como se houvesse um prazo para ser leal: comprou, esqueceu. Logo virá um novo produto, logo virá uma nova promoção, ainda mais atraente. A busca fugaz pela novidade num mercado cada dia mais competitivo.
Podemos afirmar que o storytelling fideliza? Podemos! Isto porque a arte de contar histórias nos mostra uma espécie de fio condutor. Contamos histórias porque queremos ser capazes de tocar o coração das pessoas e encontrar algo que realmente comova, solucione ou mude suas vidas.
Storytelling como ferramenta de mudança
Como dissemos antes, a maioria das pessoas chega para um curso de storytelling com aquela ânsia de conquistar clientes logo, vender de uma vez aquele produto, sendo que isso nada mais é do que a consequência de um bom trabalho, e, por que não, de uma boa narrativa.
Storytelling é o início de tudo. As transformações que vimos durante o curso perpassam o que há de mais importante quando falamos de trabalho: propósito, intenção. Sem querer entrar na onda do “propositismo”, onde parece que todo mundo está falando de trabalhar com propósito sem realmente entender o que isso quer dizer, vamos ao ponto: aqui, nos referimos a trabalhar com algo que faça sentido, trabalhar porque você acredita naquilo e também quer que os outros acreditem.
Em uma das turmas, a jornalista Michelle Araújo resgatou uma ideia lá do fundo do baú e saiu disposta a colocar em prática um projeto autoral de poesias, que você pode conferir aqui. A gestora financeira Moniki Werner mudou completamente o rumo de sua carreira, tornando-se consultora e palestrante. E a VP de Marketing Carol Toledano, participante do primeiro curso, colocou essência no que fazia e hoje é realiza projetos inspiradores como o Nomad Mercado. Entende o que queremos dizer? Se ainda não, assiste esse vídeo!
Se você sairá do curso com um projeto todo feito? Quem sabe…
Com muitas ideias na cabeça? Isso, nós garantimos!
E tem mais: que tal um bom networking, momentos de conexão, risos e histórias cruzadas? Diríamos, despretensiosos, que esse é um dos pontos altos do curso: quando compartilhamos e vemos que, não importa de onde viemos, o que fizemos, em algum momento, nossas histórias vão se encontrar. Porque em algum momento, você já se sentiu como o colega do lado. Em algum momento, vocês se (re)conhecerão.
Mais do que eliminar o abismo entre você e o seu cliente, um curso de storytelling pode te proporciona aprender também com os outros. Não é à toa que a palavra “empatia” faz parte da nossa metodologia: colocar-se no lugar do outro é fundamental para atingir a famosa conexão.
E você, pronto para se conectar?
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