Escrever sobre nós mesmos pode ser um desafio, especialmente quando o fim de ano chega e uma reflexão é inevitável. Que tal exercitar a prática de escrever sobre si? Veja como registrar e contar a história que você viveu com muito storytelling e a metodologia O Mapa da Narrativa!

O encanto das narrativas pessoais

Nós adoramos histórias. Histórias fazem parte do nosso dia a dia, e muitas vezes, no meio da correria, nem nos damos conta de que há uma narrativa acontecendo ali – tamanha naturalidade.

Nossa capacidade de comunicação evoluiu conforme nossa espécie, e hoje, somos capazes não só de contar histórias orais, como registrá-las das mais diferentes formas, por meio de um texto, vídeo ou podcast.

Essa época do ano, inclusive, é perfeita para observar e acompanhar as mais variadas histórias. Há histórias religiosas, tradições de família, contos de Natal, peripécias da festa da firma, reunião de parentes, reencontro de amigos e, dentre tantas outras, as famosas reflexões pessoais. Por que não, então, transformá-las em verdadeiras narrativas pessoais?

Aproveitando essa onda nostálgica antes da virada, as pessoas começam a voltar um pouco no tempo e rever tudo que aconteceu durante o ano. Se você acompanha a gente há algum tempo ou já teve a chance de participar do Curso O Mapa da Narrativa, deve ter percebido que storytelling e autoconhecimento andam juntos. Isto porque buscamos, mais do que tudo, a essência das nossas próprias histórias.   

Escrever sobre nós mesmos pode ser desafiador. Mas estudos já comprovaram que quanto mais nos familiarizamos com a prática da escrita reflexiva, ou seja, sobre a nossa própria jornada, mais encontramos soluções para os nossos problemas e dificuldades. (Re)escrever o que vivemos até então nos permite conectar os pontos, rever estratégias e modificar a rota.

Uma retrospectiva sobre como foi o seu 2018 pode fazer toda a diferença na sua forma de encarar o novo ano que chega, e a metodologia O Mapa da Narrativa vai te ajudar nessa tarefa!

Storytelling para ressignificar a sua história  

Como estamos falando de uma narrativa puramente pessoal, está claro que o protagonista é… você. Sim! Você, com todas as suas formas de ser e pensar, com toda a sua vulnerabilidade, uma das coisas mais importantes de se levar em consideração quando fazemos storytelling. Mostre como você construiu a sua jornada até aqui, tudo que enfrentou e o que tem aprendido, pois é dessa forma que você se aproxima das outras pessoas. É assim que você descobre pontos em comum e gera aquele sentimento de empatia e identificação.

Para te ajudar a visualizar e ressignificar a sua história nesse ano, comece a destrinchá-la de acordo com os elementos do Mapa da Narrativa. Assim:

1. Gerando empatia: coloque-se como o(a) protagonista/herói/heroína e pense como você iniciou o ano, quais eram seus sonhos, suas metas, o que você queria. Pense sobre suas motivações: o que você queria fazer diferente e por que? O que te motivava a pensar naquele objetivo? O que você queria transformar na sua vida? Quais eram as suas ideias e como você estava visualizando o seu caminho? Isso vai possibilitar a conexão com o público e você pode tanto falar em 1ª pessoa (Eu, Maria, comecei o ano pensando que…) ou em 3ª pessoa (Maria começou o ano pensando que..).
2. Surgimento dos conflitos: relembre os desafios e conflitos que surgiram à medida que o ano foi se desenrolando. Qual a coisa mais difícil que te aconteceu esse ano? O que te impediu, te assustou, o que te fez querer desistir? Tudo isso é válido e faz parte da sua jornada…
3. Viradas de chave: justamente quando você pensava em desistir, veio uma ideia, apareceu alguém, o clima mudou… tente relembrar quais as viradas de chave na sua caminhada, aquilo que parecia perdido e de repente ganhou novas perspectivas, novas visões.
4. Adrenalina máxima ou clímax: o ponto alto da narrativa, quando você estava indo bem, conseguindo contornar, encontrar o que precisava, mas ainda havia alguma tensão no ar, uma expectativa, batimentos cardíacos acelerados e um sentimento de “Será mesmo que dou conta? Será que vou conseguir?”.
5. Por fim, os desafios foram superados, os problemas amenizados, e você, apesar de todas as adversidades, conseguiu atravessar todas as barreiras! E a mensagem essencial, após toda a sua trajetória, nesse 2018, qual é? Esse é o momento de fechar um ciclo e se preparar para uma nova batalha, com mais confiança e acolhimento, sem perder de vista quem você é e tudo o que fez para chegar até aqui. É a hora de aprender com os erros e os acertos e começar tudo de novo: o fim é um novo começo!  

Fala aí: não é um exercício lindo?

Essa investigação toda nos permite trabalhar questões de expressividade e desenvolver uma linguagem própria, algo característico, algo que só a gente tem. E, mais ainda, confere humanidade à nossa narrativa, o que, no fim das contas, é o que realmente interessa.

Um feliz novo ano de histórias para você!