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Deu branco? Como lidar com o bloqueio criativo usando storytelling

 

A ponta do lápis ou da caneta batendo freneticamente no papel. O cursor do Word (ou do Google Docs, ou do Medium) piscando. A tela em branco.  E a sua mente. Do topo da sua cabeça quase se vê alguma “fumacinha” saindo, exatamente como acontece nos desenhos animados. Sim: os miolos estão fritando.

O cenário não é estranho para quem trabalha com criatividade: o famoso “bloqueio criativo” acontece com mais frequência do que gostaríamos de admitir.

Há diversas teorias que explicam quando e porque o “sistema dá pane”. Mania de procrastinação aliada à má gestão do tempo, não definição de prioridades, e a mais famosa: a eterna espera pela bendita “inspiração”.

Esta última se agrava quando precisamos desenvolver algo no matter what, pois a tendência é achar que um conteúdo genial se faz quase sozinho e sem muito esforço. O velho mito de que a criatividade é privilégio de uns poucos afortunados que “de repente” vão lá e criam alguma coisa digna de admiração.

Para quem lida com produção de conteúdo, aquela história de que “a genialidade é 1% de inspiração e 99% de transpiração” não poderia ser mais verdade. Ou seja…

Para começar, comece!

Não tem receita de bolo nem fórmula mágica: escreva, mesmo que você não esteja conseguindo escrever. Como? A questão aqui não é escrever a coisa certa, e sim qualquer coisa que te vier à mente: mantenha a calma porque serão apenas os primeiros rascunhos. A partir daquilo, você provavelmente conseguirá desenvolver algo  —  o que não dá é ficar encarando o branco cada vez mais branco.

É claro que, nesse caminho até a criatividade, outras questões também têm sua importância. Digamos que você está com o prazo apertado para escrever um artigo e, ao olhar para a pauta, não consegue encontrar uma linha de raciocínio muito clara. Ao invés de descabelar, experimente voltar no tempo  —  e no briefing. Confusão total ou parcial? Hora de apelar para as perguntas.

O poder das perguntas

Muito se fala em ter (e manter!) um bom relacionamento com o cliente, entendido aqui como a pessoa ou a empresa para quem você está produzindo um conteúdo. Se não houver clareza no diálogo, é certo que haverá ruídos para ambos os lados e o relacionamento sairá prejudicado.

A melhor forma de diminuir esses ruídos é por meio de perguntas. Antes de achar que sabe o que o cliente quer, pergunte muito para ele sobre suas motivações, desafios, estratégias, expectativas e impactos que quer causar. As famosas perguntas do Mapa da Narrativa!

Não tenha medo de pedir ajuda e questionar. Vá fundo para descobrir qual o verdadeiro sentido daquilo que vocês estão fazendo. Pergunte por que, para quê, para quem? O que os motiva? Quais resultados já alcançaram até aqui e quais continuam na lista de desejos? O que vocês querem com determinada ação, com determinado conteúdo, com determinada ideia?

A criatividade também pede limites: ampliar as possibilidades é perder o foco. E as perguntas trazem foco.

Com isso, você cria e alinha com seu cliente uma intenção clara para o conteúdo que vai produzir, que passa a ser o guia das escolhas criativas para o texto, e sobre o qual falamos mais nesse vídeo.

 

Portanto, estabelecer de forma clara uma intenção para aquele projeto contribui com a superação do seu bloqueio antes de escrever e também com a resolução de conflitos na hora de aprovar esse conteúdo. Mas lembre-se…

Não pare nas primeiras respostas. Pergunte os porquês!

Assim, você abre mão dos “achismos” da sua mente e também os da mente do seu cliente. E, independentemente do resultado do conteúdo produzido, ele não poderá ser rejeitado apenas porque o cliente “não gostou” ou “achou ruim”.

Se você mapeou os “porquês” antes, será mais fácil mapear novamente os “porquês” das alterações ou rejeições agora, já que as escolhas foram guiadas pela intenção e devem estar fazendo sentido. Portanto, se algo vai mudar no conteúdo, precisará também ter um sentido para isso. Senão, não há porque mudar.

As perguntas são essenciais para o desenvolvimento de uma Mentalidade Narrativa, pois permitem a ambos – você e o seu cliente! – mais consciência sobre o posicionamento da empresa e a ideia por trás de cada mensagem.

“O ponto final encerra, o ponto de interrogação liberta”, foi algo sobre o qual conversamos bastante nesse hangout com o facilitador de processos criativos, Gui Sarkis.

Acha que precisa de uma mãozinha para desenvolver melhores narrativas e lidar com as necessidades do seu cliente? Então utilize o Mapa da Narrativa como guia e, precisando de uma mentoria ou curso, fale com a gente!

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