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Como perder a vergonha de escrever sobre si mesmo?

“Mas eu tenho que falar sobre mim”? Se falar sobre si mesmo é sinônimo de pânico e vergonha pra você, vem entender porque esse pode ser o seu maior trunfo na hora de fazer storytelling!

Investigando da onde vem o medo de se expor

Embora sejamos experts em contar histórias orais, principalmente quando algo não nos envolve tão diretamente – como por exemplo, aquela vez que o seu avô aprontou com o seu tio, ou a jornada das crianças no primeiro dia da escola –, quando precisamos nos colocar em primeira pessoa, a coisa muda de figura.

Por que será que temos tanto pavor de escrever sobre nós mesmos?

Falamos muito por aqui de encontrar a mensagem essencial, de ir buscar naquilo que te move as razões para construir a sua própria narrativa. E essa é uma dificuldade e tanto durante as práticas de cursos de storytelling: as pessoas têm medo de mergulhar na própria jornada.

Nós sempre sugerimos começar pelas perguntas. Imagine que bela reflexão começar se perguntando por que você tem todo esse pavor de se expor num papel. Se forçar um pouco a memória, talvez você se pegue lembrando de uma vez que escreveu um texto em sala de aula e foi ridicularizado. Ou de quando a sua primeira namorada leu aquela carta de amor e começou a rir da sua cara. Sim: temos muitas travas que parecem apenas “profissionais” atreladas a situações passadas que nos despertaram emoções. Por isso, faça como as crianças: pergunte-se sempre o porquê das coisas!

Se o que você sente diante da chance de escrever sobre si mesmo é um misto de vergonha, medo e desespero, você está diante do maior inimigo que podemos ter: o nosso julgador interno.  

Storytelling para superar o medo do julgamento  

Quando não lidamos bem com o que pensamos sobre nós mesmos, nos colocamos à prova do julgamento alheio. Mais do que a morte, o que as pessoas mais têm medo é de falar em público – justamente pela imensa possibilidade de serem julgadas e expostas ao ridículo.

“Tá, mas então como faz pra superar esse medo e fazer storytelling sem ser superficial?”

A seguir, 3 passos simples para você ter mais coragem e começar a escrever sobre si de uma vez por todas:

  1. A sua jornada não é tão diferente assim das outras pessoas: acredite, muita gente já passou ou está passando pelo mesmo que você. Não encaramos nossas experiências de vida da mesma forma, é claro, mas vivemos situações muito semelhantes. E como seres humanos que somos, nos identificamos uns com os outros. Por isso, quando o medo ou a vergonha de escrever sobre si bater, lembre-se que mais pessoas – inclusive quem parece escrever sobre si mesmo com facilidade – provavelmente já tiveram essas dúvidas e hesitaram tanto quanto você.
  2. Todo mundo erra, inclusive você! Se você tem mania de perfeição, você está muito mais perto de errar, concorda? Afinal, o menor deslize será encarado como defeito. Por isso, abra mão e permita-se olhar com carinho para uma frase muito marqueteira que, a princípio, pode dar nos nervos, mas faz todo o sentido: “Feito é melhor que perfeito”. Então faça! E se não ficar bom, faça de novo. Não existe perfeição: existe aprimoramento, o que só acontece por meio da prática.
  3. Vulnerabilidade = Conexão: é verdade! Quanto mais você se abre e dá espaço para que o outro se identifique na sua fala ou na sua escrita, maior a chance de você conseguir se conectar. Não aprendemos com números, listas e post-its: aprendemos ouvindo os outros, guiando-se pelas suas vivências, observando o caminho que trilharam antes de nós e os obstáculos que enfrentaram.

Em resumo? Fazer storytelling não é só contar história sobre uma empresa. É principalmente contar história sobre QUEM faz a empresa, sobre as pessoas que lá estão, sobre as experiências e emoções de cada um que faz aquilo tudo girar.

Tenha isso em mente na próxima vez que o medo ou a vergonha de escrever de uma forma mais humanizada bater, e, por mais clichê que possa parecer, por favor: seja você 😉

Como você lida com o seu medo de escrever e de se expor? Em caso de pânico extremo, fale com o nosso mentor de narrativas!

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